Quero aplicar a miña ciencia á lingua para pintar a face do noso maior ben colectivo: o galego







mércores, 22 de xuño de 2011

Pep Guardiola: vivamos como galeg@s

por Manuel da Cal Vázquez, en Terra e Tempo:

Recentemente o F.C. Barcelona vem de se proclamar campeão de Europa de futebol, e como é de costume ao final do jogo compareceram, em conferência de imprensa, os treinadores das equipas que vinham de disputar a final.

Por parte do F.C.Barcelona interviu o senhor Josep Guardiola, que respostou atodas as perguntas que se lhe apresentaram, logicamente, mas com a particularidade de fazer uso do catalão para respostar às perguntas que lhe eram feitas em catalão, do espanhol para as perguntas formuladas em espanhol e do inglês para as feitas nessa língua.

Um outro treinador catalão, acho que do Girona, não faz muito tempo, também em conferência de imprensa, no campo de uma cidade espanhola, teve-a de suspender porque os jornalistas espanhois não lhe permitiram respostar em catalão às perguntas formuladas, em catalão, pelos jornalistas catalãs. 

Parecida atitude têm os jugadores catalãs de reconhecido prestígio mundial como, Piqué, Xavi, Puyol ou Valdes e os que não são nascidos em Catalunya e mesmo os de fora do Estado Espanhol aquando celebram os êxitos futebolísticos, das sua equipa, sempre rematam as suas intervenções com: "Visca el Barça e Visca Catalunya!".

Reparemos agora na prática linguística da maioria das pessoas relacionadas com este desporto-espectáculo, chamado futebol, na Galiza.

Os presidentes das equipas galegas, tanto das duas mais representativas, nomeadamente, R.C. Celta de Vigo como Desportivo d´A Corunha, senhores Mourinho e Lendoiro, assim como os das outras equipas das cidades e vilas galegas, maioritariamente empregam nas suas manifestações públicas o idioma espanhol.

O mesmo proceder têm os futebolistas galegos, mais destacados, a respeito do uso do galego, estou-me a referir aos jogadores do Celta, porque no Desportivo quase não há, como Oubinha, Trashorras, Dani Abalo ou Jonatam Vilas, sendo estes referentes para muita gente, jovem e nom tam jovem, que gostam do futebol, e em muitos casos modelos a imitar, mas no que tem a ver com este assunto péssimos modelos.

Este distinto jeito de proceder, a respeito do idioma nacional, de uns e de outros é uma clara mostra da normalidade e da anormalidade  de uma e de outra sociedade. Assim, se uns mostram uma actitude de compromisso e identificação com a representação mais vissibel da nação  catalã, como é o seu idioma, os outros, os galegos, manifestam um total desinteresse, que eu me atraveria de qualificar de auto-ódio, a respeito do nosso idioma nacional.

Estamos pois perante duas sociedades com comportamentos sociais muito dessemelhantes, mas  que compartem a mesma condição de serem nações sem Estado e dentro do mesmo Estado opressor, mas com história e formações sociais bem distintas; assim os resultados eleitorais do 22 de Maio também se podem interpretar baixo este prisma. Se na Catalunya, no Principat, se vota em clave catalã, na Galiza, maioritariamente, vota-se em clave espanhola, e nestes momentos o mais preocupante é que este dinâmica está a afectar de uma maneira muito notável à nossa juventude, sobre tudo a aquela que vive em redor dos núcleos urbanos, mas não só nas cidades.

A sociedade galega sim mostra, pela contra, uma capacidade inusual para reproducir comportamentos folclóricos. Sim é quem de se juntar em grande número para comer o polvo, o churasco ou marisco, entre outras iguarias, para celebrar inumeras romarias e festas patronais enfeitadas com a tanger da gaita galega. Nestas ocasiões sim "vivimos como galegas e galegos", como diz a tam celebrada publicidade, e somos quem de exteriorizar um certo sentimento nacional, revestido de enxebrismo.

Mas não chega com isso, é necessário algo mais, é preciso conseguir viverconsecuentemente como galegos e galegas, fazendo ostentação dessa condição os 365 dias do ano; essa prática diária tem-se definido como consciência nacional. Esse tem de ser o objectivo de toda a acção social e política do nacionalismo galego; propiciar que cada vez mais galegas e galegos dêem o salto desde o sentimento à consciência, é dizer galeguizar, nacionalizar à sociedade galega.

Em contra temos todas as organizações políticas de obediência espanhola, assim como as organizações sindicais sucursalistas, a maioria das organizações empresarias e agrárias, uma boa parte da intelectualidade, chamada, galega e a totalidade dos meios de comunicação de massa, por citar os mais relevantes e influintes, mas não nos podemos esquecer de citar às distintas igrejas, sobre todo a católica, associações profissionais e sectoriais de todo tipo, clubes desportivos, etc.. Como se vê os inimigos são muitos e com muito poder.

Em favor da consecução desse objectivo só trabalhamos as organizações nacionalistas, tanto políticas, como sindicais e sociais, contando com escassas ferramentas e sem nenhum meio de comunicaçom de massa. Trabalho sustentado fundamentalmente no esforço militante que em muitos casos é de carácter voluntário e altruísta.

Acho que o nacionalismo tem de definir, planificar e executar um plano de trabalho orientado cara a juventude, com propostas atractivas e o mais ajeitadas aos tempos que correm, com o fim de melhorar a nossa introdução  social entre a juventude. Outro dos eixos, que deve orientar o trabalho imediato do nacionalismo, tem de consistir em promover, propiciar e participar num amplo moviemento social que dê resposta às agressões que o sistema capitalista e centralista está acomentendo contra os direitos das camadas populares e contra os nossos direitos nacionais.

As políticas postas em prática  tanto pelo PSOE desde Madrid, como pelo PP desde Santiago de Compostela estam a  supor o retalhamento dos nossos direitos sociais e laborais, assim como, no que tem a ver especificamente com a Galiza, um ataque visceral contra o nosso idioma nacional, pelo que se faz cada vez mais necessária estabelecer uma coordinação entre todas as organizações do leque nacionalista com o fim de apresentar batalha, ao tempo que se propícia o rearmamento, tanto organizativo como ideológico, da sociedade galega desde a óptica nacionalista. 

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