Quero aplicar a miña ciencia á lingua para pintar a face do noso maior ben colectivo: o galego







martes, 16 de novembro de 2010

"Con el gallego, zafo"

Despistáraseme este artigo do pasado 13/11/2010, por Valentim R. Fagim, presidente da AGAL, en Galicia Hoxe:


José, nome imaginário, é um técnico de uma empresa construtora galega. José foi sempre castelhano-falante e um amigo comum afirma que nunca o tem ouvido falar em galego, não sendo uma frase ou uma palavra isolada. Esta empresa tem vários contratos em Angola, país africano que, nomeadamente graças ao petróleo, tornou-se num país atrativo para o empresariado. José vai e vem a Angola várias vezes ao ano onde tem que tratar com diferentes pessoas. Um dia, o amigo comum a ambos, sabedor do seu monolinguismo sistemático, perguntou-lhe: e em que língua falas com os angolanos? A resposta foi: Con el gallego, zafo.
Azilag, nome imaginário, é um país que tem duas línguas. As duas são internacionais o que, a priori, é uma riqueza magnífica se sabe administrar bem. Dá-se mesmo a circunstância feliz de ser o único país do mundo onde estas línguas estão presentes socialmente. No entanto, nenhum dos seus governos foi capaz de administrar bem este facto e os cidadãos e as cidadãs nem conhecem nem usufruem esta riqueza porque apenas uma das línguas foi aproveitada na sua totalidade. A outra dá apenas para safar.
Recentemente, no Consello da Cultura Galega, a presidenta do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, interagiu com pessoas relevantes da cultura galega. Um dos temas a tratar foi o ensino da língua portuguesa no sistema educativo galego. Filipe Presa, presidente de Docentes de Português na Galiza, informou que atualmente há 25 centros onde se ensina, de um total de 346. Para além de serem mui poucos, a estrutura é mui frágil pois não existem vagas específicas, sendo docentes de outras matérias, com a melhor das intenções e sem serem fornecidos com os recursos precisos, os que lecionam língua portuguesa. O professor Filipe usou uma imagem muito esclarecedora para ilustrar esta estrutura: uma torre de cartas.
Era bom sermos mais inteligentes que em Azilag. O ensino de português nos centros educativos é um oportunidade imelhorável.

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